Quando a imigração polonesa começou no Brasil, não existia o Estado Polonês, somente a nação. A Polônia, após ter sido um dos maiores países europeus nos séculos dezesseis e dezessete, foi invadida no século dezoito pelos seus três poderosos vizinhos, Rússia, Áustria e Prússia (Estado inventado por invasores alemães das terras Ocidentais da milenar Polônia). A parte ocupada pelos prussianos compreendeu a Pomerânia e a Silésia. Foram destas regiões que partiram os primeiros contingentes emigratórios. As causas principais foram às duras perseguições impostas aos poloneses pelos invasores germânicos, como:
Essa campanha pela "despolonização" da população foi denominada de Kulturkampf.
Os russos, por sua vez, ocuparam a maior parte central e Leste das terras polonesas e da mesma forma impuseram drásticas medidas para apagar qualquer traço polonês da face da terra. As medidas draconianas previam:
Finalmente, os austríacos foram um pouco menos duros. O Império Austro-Húngaro foi obrigado a fazer concessões para as nacionalidades que viviam em terras polonesas. Viena re-nominou a região para o nome de Galícia e a transformou numas das regiões mais pobres e de maior atraso e estagnação do Império.
Essa política de repressão comandada em conjunto pelos invasores causou enorme sentimento de revolta. Nos anos de 1830, 1864 e 1905 ocorreram violentas revoluções em solo polonês contra o domínio invasor.
Portanto, é compreensível que muitos poloneses, vivendo nestas circunstâncias pensassem em emigrar. Os primeiros grupos de emigrantes partiram justamente das terras ocupadas pelos germânicos e em alguns momentos foram confundidos como sendo alemães, em razão dos nomes que portavam nos documentos (uma das imposições dos invasores: a troca de nomes poloneses por germânicos). Por isso mesmo, tem muito descendente polonês no Brasil pensando que sua origem é alemã por causa do sobrenome.